História da Umbanda no Brasil
- por Jéverson Mariani Oliveira
- 18 de mai. de 2018
- 1 min de leitura
A Umbanda foi confundida durante muito tempo com a “macumba carioca” ou "Quimbanda". Em 1905, João do Rio (1881-1921), publica suas reportagens que resultaram no livro "As Religiões do Rio" e menciona ritos onde se incorporava espíritos de caboclos e preto-velhos.
Muitos terreiros nasceram do kardecismo, tal como a “Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade”, em 1908.
Mas adiante, entre os anos de 1920 e 1930, a repressão às religiões africanas levou a união de várias casas e terreiros.
Era necessário organizar e uniformizar o culto umbandista, padronizando algumas diretrizes doutrinárias para evitar perseguições.
Era comum, naquela época, a utilização do termo "espírita" como forma de evitar a perseguição às novas religiões afro-brasileiras.
Contudo, para legitimar-se a Umbanda buscou se “desafricanizar” e embranquecer. Para tanto, em 1939, surge a primeira Federação de Umbanda, a União Espiritista de Umbanda do Brasil (UEUB), quando a origem da Umbanda foi estabelecida no Oriente ou na África Oriental.
Por outro lado, no contexto da Ditadura Militar (1964-1985), a Umbanda irá servir como instrumento de legitimação para o projeto nacionalista. Assim, a religião ganha as manchetes de jornais e revistas.
Por fim, durante a década de 80, com a ascensão das igrejas neopentecostais, as religiões de matriz africana voltam a ser alvo de ataques por parte de alguns fiéis.
Atualmente, a Lei 11.635 de 27 de dezembro de 2007, torna esse o "Dia Nacional de Combate ao Preconceito Religioso" e passa a proteger as religiões de matrizes africanas.

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